Era uma vez um monstro.
Bem, não podemos chamá-lo de monstro apenas baseados no fato de ele ter uma aparência nunca antes vista, e por ser um ser totalmente desconhecido e inimaginável para nós.
Nós nem sabemos ao menos como ele é, como são suas formas. Se é que ele tem formas.
Não sabemos se ele tem mãos...
ou pés...
ou nariz...
ou olhos.
Nem sabemos como ele se comunica.
Se é que ele precisa se comunicar...
Será que ele tem com quem se comunicar?
Ou será que ele vive sozinho?
Onde é que ele vive?
Ele não é da terra, nem mesmo do universo.
Na verdade, nós somos parte dele.
O planeta terra e todos os outros planetas, estrelas e tudo do nosso universo, são parte do organismo dele.
A terra é como se fosse um átomo em seu corpo
(se é que pode se dizer que ele tem um corpo).
O movimento da terra durante todo o nosso ano de 365 dias,
equivale para ele a nem um milésimo de segundo.
Ele não sabe da nossa existência. Nem imagina que dentro dele existe um monte de pessoas pensando, andando, sorrindo, chorando, questionando, mudando.
Para ele, toda a existência do planeta terra representa apenas alguns anos de sua vida. Anos contados por nós. Ele não deve contar anos, e se conta, provavelmente o faz de maneira diferente de nós.
Tem gente aqui que acha que nós somos o equivalente a um câncer em uma célula do não-monstro, se espalhando lentamente em seu corpo (ou será que para ele é rapidamente?).
Tem gente que acha que não, que podemos apenas estar
envelhecendo mesmo.
Um dia a terra vai morrer, assim como nossas células morrem e são renovadas.
Ainda vai demorar.
Bom, pra gente vai demorar. O não-monstro nem vai saber que a gente alguma vez existiu.
Você pode perguntar se isso é verdade, se existem provas científicas, se eu acredito ou se você deve acreditar.
Ora, cada um acredita no que quer e acredita do seu jeito de acreditar.
O importante é que podemos imaginar e acreditar,
ou não!
Caroline Sabet tem dois olhos, um nariz e uma boca. É uma pessoa normal, como você e como todas as outras. Às vezes pula de alegria, às vezes se esconde tristonha. Tem dias que ela apronta, tem outros em que ela se comporta de maneira exemplar. Vez ou outra sente muito medo, outras vezes demonstra uma coragem de leão.
Caroline é uma pessoa diferente e única, assim como você e como todas as outras.
Nasceu e cresceu em São Paulo, no Brasil. Tem um pai egípcio e uma mãe brasileira. Um padrasto português e uma madrasta egípcia. Duas irmãs: uma inglesa e outra grega. Estudou em colégio alemão e já morou na Inglaterra e nos Estados Unidos. É uma pessoa do mundo, do universo, assim como você e como todas as outras.
Chegou a este mundo em 1981, já levando um tapa no bumbum! Ok, ok... o tapa foi dado para que ela chorasse e conseguisse respirar. Era assim que se fazia naquela época. E é por isso que os bebês choram quando nascem, para respirar.
Caroline cresceu, mas continua criança no coração, e continua levando tapas da vida e chorando, respirando... Mas os tapas são outros, e os choros também. Agora eles vêm como experiências, como arte: desenhos, músicas, contos... Diversas formas de se expressar para Caroline poder respirar!
Esta é uma das muitas histórias que Caroline escreve para crianças. Crianças do mundo todo, de todos os tamanhos e todas as idades. Até para a criança que todo adulto carrega para sempre dentro de si.
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